SOS Direitos Humanos: Ameaça de despejo em massa de comunidades combonianas
Comunidades rejeitam acordo que prevê aluguel abusivo de R$4.500,00.
No dia 25 de julho foi realizada missa campal em memória do padre Ezequiel Ramin, e momento de reflexão sobre a ameaça de despejo.
Em reunião realizada na noite de sexta-feira passada, dia 9, na Igreja de Santo Antônio, em Sapopemba, cerca de 150 pessoas que participam de quatro comunidades da Fazenda da Juta, região de Sapopemba, compareceram na reunião e confirmaram a rejeição ao acordo que estava para ser firmado pela cúria com a Planacom.
A Planacom é uma empresa que representa os herdeiros do espólio de Maria Ferreira de Barros Amaral, ex-proprietária das áreas em questão. Pela proposta, que cessou temporariamente a reintegração de posse, seria cobrado durante um ano o aluguel mensal de R$ 4.500,00 pelos quatro imóveis das igrejas Santo Antônio, São Pedro, São Judas Tadeu e Nossa Senhora de Guadalupe. Findo esse período, estaria colocada a opção de compra das áreas pelo valor fixo de R$ 860.000,00. Essa oferta foi motivo de preocupação das comunidades. A supervalorização das áreas apresentada pela Planacom foi assunto dominante na reunião realizada no dia 2. Pelos cálculos baseados no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e pelo mercado o preço das quatro áreas não passa de R$ 200 mil. Pela lei brasileira, o preço do aluguel não pode ser superior a 1% do preço do imóvel”
Coordenada pelo padre Adriano, a última reunião contou com a presença do bispo Dom Edmar Peron, do deputado Estadual Adriano Diogo e da vereadora Juliana Cardoso, que foram convidados pelas comunidades. “A proprietária dos terrenos não aceitou a proposta de compra e o processo foi novamente encaminhado para apreciação da justiça”, informou o bispo.
O documento extraído do processo judicial e datado de 23 de junho diz que, o juiz revoga reintegração de posse provisioriamente a liminar e recolhe o mandato de reintegração de posse das áreas”, revelou. “Com isso, a justiça não acolheu as alegações dos herdeiros do espólio.”
Importante trabalho social
Tanto o padre Adriano quanto o bispo Dom Edmar, enfatizaram os trabalhos sociais desenvolvidos nas quatro comunidades religiosas. “Às vezes a justiça não enxerga essa dimensão social, por isso precisamos mostrar esse lado. A comunidade escolheu esse caminho e vamos estar juntos”, afirmou o bispo. “Não estamos fechando as portas. Queremos negociar por preço justo, pelo valor real da terra. A Fazenda da Juta não é o Morumbi e nem o Pacaembu”, acrescentou padre Adriano.
“Os combonianos são de origem italiana e chegaram ao Brasil em 1952. Em quase 60 anos são cerca de 120 missionários que atuam em 20 dioceses espalhadas por várias regiões do país. Em Sapopemba, os missionários combonianos realizam um trabalho de excelência, com uma enorme obra social, constituída de pessoas muito sérias, voltada para a educação de jovens e adultos e para os direitos humanos”.
Homenagem a Ezequiel Ramin
A celebração de missa campal também teve como objetivo lembrar os 25 anos da morte violenta do padre italiano Ezequiel Ramin, uma das figuras que mais marcaram o grupo comboniano no Brasil. Defensor dos índios, pequenos agricultores e posseiros, Ramin foi assassinado em Cacoal, Rondônia, aos 33 anos, pelo seu compromisso com os pobres da terra.
SOS Fazenda da Juta
Primeiro fecharam as igrejas católicas
Mas não me importei com isso
Eu não era católico
Em seguida despejaram os evangélicos de seus templos
Mas não me importei com isso
Eu também não era evangélico
Depois fecharam as sinagogas e perseguir os judeus
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou judeu
De repente fecharam os sindicatos, expulsaram os comunistas e socialistas
Mas como nunca fui a um sindicato
Também não me importei
De repente invadiram a minha casa
Agora estão levando os meus filhos
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.
E tudo isso tem haver comigo
(Adaptação do poema de Bertold Brecht, por Adriano Diogo)
"Porque a Racionalidade é sempre tomada de consciência, a filosofia é essencialmente libertadora"
Mario Ariel Gonzalez Porta
André Gomes de Araujo
2705-8780/7641-8254
Jardim Sapopemba São Paulo
Educador Social
Instituto Daniel Comboni
CCA Nossa Senhora de Guadalupe
Fazenda da JUTA/SP
Acompanhem a luta, vejam os proximos eventos ao lado >>>
DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA
ResponderExcluir“As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!” Otoniel Ajala Dourado
O MASSACRE DELETADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA
No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi a CHACINA praticada pelo Exército e Polícia Militar em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do SÍTIO DA SANTA CRUZ DO DESERTO ou SÍTIO CALDEIRÃO, cujo líder religioso era o beato “JOSÉ LOURENÇO GOMES DA SILVA”, paraibano negro de Pilões de Dentro, seguidor do padre CÍCERO ROMÃO BATISTA, encarados como “socialistas periculosos”.
O CRIME DE LESA HUMANIDADE
O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte/CE, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.
A AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROPOSTA PELA SOS DIREITOS HUMANOS
Como o crime praticado pelo Exército e Polícia Militar do Ceará é de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é IMPRESCRITÍVEL conforme legislação brasileira e Acordos e Convenções internacionais, a SOS DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza – CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo: a) que seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) a exumação dos restos mortais, sua identificação através de DNA e enterro digno para as vítimas, c) liberação dos documentos sobre a chacina e sua inclusão na história oficial brasileira, d) indenização aos descendentes das vítimas e sobreviventes no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos
A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO
A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá em 16.09.2009, extinta sem julgamento do mérito, a pedido do MPF.
RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5
A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do SÍTIO CALDEIRÃO é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;
A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA
A SOS DIREITOS HUMANOS, como os familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo DESAPARECIMENTO FORÇADO de 1000 pessoas do SÍTIO CALDEIRÃO.
QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA
A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem localizar a cova coletiva, mas não o fazem porque para elas, os fósseis de peixes do “GEOPARK ARARIPE” são mais importantes que as vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO.
A COMISSÃO DA VERDADE
A SOS DIREITOS HUMANOS em julho de 2010 passou a receber apoio da OAB/CE pelo presidente da entidade Dr. Valdetário Monteiro, nas buscas da COVA COLETIVA das vítimas do Sítio Caldeirão, e continua pedindo aos internautas divulguem a notícia, bem como a envie para seus representantes no Legislativo, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal a localização da COVA COLETIVA das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO.
Paz e Solidariedade,
Dr. Otoniel Ajala Dourado
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS – DIREITOS HUMANOS
Editor-Chefe da Revista SOS DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
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